Foto de uma calculadora em cima de uma piblha de moedas e notas de dinheiro espalhadas.

Que tal começar o ano com o controle do seu dinheiro?

Autora: Cris Andrade

Quando criança eu adorava uma brincadeira inocente que um dos meus tios fazia sempre comigo. Brincar de mágico. Achava um máximo, mas no fundo, bem no fundo, eu sabia dos truques dele e nunca me importei em ser surpreendida e em retribuí-lo com o Ohhhh! No entanto, cá estou, adulta e vacinada, e sabendo que mágica é um truque, um efeito de ótica. Mesmo com a verdade estampada, continuo gostando de mágica, mas ainda não aprendi a mágica da criação do dinheiro. Aliás, acredito que nenhum de nós. Não é verdade?

Então o objetivo deste post é trazer para você um pouco dos aprendizados sobre o sonhado e suado dinheiro, que nos traz possibilidades maravilhosas e que também pode nos dominar. E o meu principal aprendizado foi como ter controle sobre ele.

Primeiro senti a necessidade de guardar dinheiro. Acabei fazendo compras financiadas, que via como uma forma de ter disciplina, mas que ao final resultou numa dívida. Depois optei por colocar o dinheiro que fizesse sobrar na poupança, mas continuei fechando os meses com nada na poupança. E finalmente desisti de acumular dinheiro sem uma estratégia e passei a me perguntar de onde ele vem e para onde ele vai. E a resposta não veio da noite para o dia.

A organização dos gastos pode ser feita com o uso de várias ferramentas e cada pessoa se identificará com uma. Essa escolha pode depender do perfil e do momento de vida da pessoa. Por isso, a importância de conhecer o comportamento dos gastos. No meu caso, usei desde anotações mensais dos comprovantes de compras dos cartões, quando não havia aplicativos para isso. Também testei usar a classificação automática dos aplicativos que, de certa forma ajudou, mas não me fazia ter a disciplina de checar o que realmente eu fazia com o dinheiro.

Outras pessoas preferem usar planilhas, como um modelo aqui da Bem Gasto ou criar a própria em um local que só você tenha acesso. As planilhas possibilitam o uso de alguns filtros e comandos que podem tornar o lançamento mais simples. Além da atividade diária ou semanal de anotar. Esse processo nos ajudar a tomar consciência, a sair do automático. Esse talvez tenha sido o aprendizado que mais me ajudou.

Outro ponto importante é classificar as despesas. Isso é totalmente pessoal e personalizável. Ao invés de colocar, por exemplo, o nome dos postos onde abastece o carro, que tal criar uma classificação chamada combustível e somar todos os valores do mês? Ou lançar todas as despesas da escola, inclusive o transporte, os materiais, para saber exatamente o valor total para manter as crianças no local. Ou ainda aquele momento de socializar com amigos e amigas como uma linha separada do supermercado ou do restaurante diário? Para mim, nesse processo de classificação, o melhor aprendizado que tive foi descobrir que eu não sabia para onde o dinheiro estava indo. Depois de cerca de seis meses de registro, percebi que gastava valores muito diferentes do que supunha com itens que não imaginava, como vestuário, restaurante, educação, serviços, doações etc. E isso tanto para mais, quanto para menos.

Ao final do primeiro ano percebi também que a linha ‘investimentos’ ainda não tinha a classificação que deveria e que não dava para guardar dinheiro sem saber com o que eu estava gastando. Ao conhecer com o que gastava por ano, passei a colocar metas de gastos. Isso me ajudou muito a pensar: devo ou não devo fazer essa compra? Será que consigo renegociar o aluguel ou alguma prestação? Com o diagnóstico, foi possível perceber as metas que ainda não havia alcançado. E então, tinha informações para me ajudar a decidir se ou quanto devo gastar em cada mês com um item.

Neste momento é natural se questionar: Então não posso mais usar produtos daquela marca que preciso? Não posso mais almoçar num local que gosto com pessoas queridas? Como alguém consegue se controlar na frente de uma vitrine? E aquela viagem que eu tanto quero quando poderei fazer? Na realidade, essa postura vai além do controle pessoal, ela envolve a liberdade para fazer escolhas, para gostar e fazer o que de fato acha importante e, principalmente, para valorizar o esforço do trabalho que está por traz do recebimento da minha receita.

E você? Como está fazendo a gestão dos seus gastos? Qual a percepção para onde está indo o seu dinheiro? Como acredita que esse momento do ano possa ter esse planejamento? 2024 pode ser o começo da preparação para uma vida financeira saudável? Além das dicas acima, você pode encontrar outras informações que irão te ajudar nessa jornada de sucesso financeiro em nosso Blog. Conhecer os gastos não é um truque de mágica, mas pode possibilitar surpresas agradáveis. Que tal começar o ano com o controle do seu dinheiro?

Sobre a autora: Sou a Cristiane. Muitos me conhecem por Cris Andrade! Moro e amo a cativante cidade de São Paulo, onde adoro conhecer diferentes culturas, fazer novas amizades e passear. Sou apaixonada pela área de energia, onde atuo há 15 anos, pelas possibilidades que ela traz a cada pessoa. Mas também adoro fazer planos e tirá-los do papel e aí entra minha outra paixão que a área financeira e de investimentos. Vivo e me entrego de coração a tudo isso, porque acredito que a vida é curta e deve ser vivida com intensidade! Convido você a conhecer mais sobre minha história no meu Instagram.

Deixar uma resposta