GUIA BÁSICO: O QUE É O TESOURO DIRETO E COMO INVESTIR!!!

O Tesouro Direto é: uma forma segura em rentável de aplicar seu dinheiro

Autora: Juliana de Almeida Paula

O Tesouro Direto é um Programa do Tesouro Nacional para venda de títulos públicos federais para pessoas físicas. Surgiu no ano de 2002 com o objetivo de democratizar o acesso aos títulos públicos e permite aplicações com valores a partir de R$30,00, além de ter liquidez diária (significa que a aplicação pode ser vendida no momento desejado, o que propicia maior flexibilidade ao investidor para todos os papéis).

Ao comprar um título do Tesouro Direto o investidor está emprestando dinheiro ao governo, o que faz com que seja uma aplicação de menor risco do mercado, pois o risco do Governo não te pagar é quase zero. Além disso, são oferecidos diferentes tipos de rentabilidade, prazos de vencimento e fluxos de remuneração.

O investimento pode ser feito por meio de diversos bancos e corretoras de valores. Verifique no seu banco/corretora como investir.

Tipos de títulos públicos

O primeiro passo é definir o prazo em que o dinheiro ficará investido e o nível de risco que está disposto a correr. Há três grupos de títulos públicos à venda no Tesouro Direto: prefixados, pós-fixados e híbridos.

Prefixados: no momento da compra você sabe exatamente quanto vai receber de retorno, desde que faça o resgate apenas no vencimento do título. Nessa modalidade o título oscila ao longo do tempo, para cima ou para baixo de acordo com as expectativas para os juros. Por essa razão, caso retire o valor antes do prazo estipulado, é possível que saque um valor inferior ao investido.

Nos títulos prefixados, há opção por título com juros semestrais, ou seja, duas vezes por ano, em que será pago o proporcional da remuneração combinada. Lembrando que a tributação do IR sobre o ganho semestral será de 22,5% no primeiro pagamento e depois vai seguir a tabela regressiva até 15% para juros distribuídos após 720 dias.

Pós-fixados: você conhece os critérios de remuneração, mas só saberá o retorno total do investimento no momento do resgate, uma vez que esses papéis são atrelados a variação da taxa básica de juro básico da economia. A taxa Selic é definida pelo Banco Central em reuniões a cada 45 dias.

O preço do papel oscila pouco ao longo do tempo e a aplicação tem liquidez diária. O Rendimento é adicionado à aplicação todos os dias. Caso o investidor precise resgatar seu dinheiro e vender as ações antes do prazo, receberá o rendimento até aquela data.

Esse investimento é indicado para quem quer fazer uma reserva de emergência. 

Títulos híbridos: parte da remuneração é definida no momento da compra e o restante atrelado à variação da inflação, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Como funciona o Tesouro Direto

A quantidade mínima é a fração de 1% do valor o papel, sendo o valor mínimo aceito igual a R$ 30. Um título de R$ 4.000 emitido pelo Tesouro pode ser comprado em lotes, ou frações, de R$ 40 cada.

Rentabilidade do Tesouro Direto

Os títulos prefixados e os híbridos, se resgatados pelo investidor antes do prazo, podem gerar prejuízo. O motivo é a flutuação diária no preço daquele papel. Exemplo: se na bolsa os investidores acreditam que a Selic em dois anos subirá a 8%, um título do Tesouro já negociado que prevê juro fixo de 6% também em dois anos fica menos interessante e perde valor.

Como o retorno é menor que o previsto na Selic – referência para todo tipo de investimento –, se você precisar negociá-lo para resgatar seu dinheiro antes do prazo, terá de aceitar um valor menor pelo papel. Em caso de expectativa futura de queda dos juros, o contrário aconteceu e os preços dos títulos sobem. Resumindo: Os juros subindo, o Tesouro Selic paga uma remuneração maior, os juros caindo, menor.

Liquidez

O termo liquidez está relacionado à velocidade e facilidade com que você pode resgatar o dinheiro de um investimento. No caso do Tesouro Direto, o investidor pode resgatar quando quiser, porém, caso antecipe o resgate, corre o risco de resgatar um valor menor que o investido. Os títulos públicos só entregam o retorno prometido integralmente no vencimento do papel.

Custos de investir no Tesouro Direto

A taxa de custódia (0,25% ao ano sobre o valor investido) do Tesouro Direto é o valor pago pelo serviço de guarda dos títulos e disponibilização das informações e movimentações de saldos ao investidor.

É cobrada dos investidores a taxa sobre os valores que ultrapassam R$ 10 mil no Tesouro Selic. Exemplo, um investidor que tem R$ 11.000 aplicados no Tesouro Selic pagará R$ 2,50 ao ano referente ao valor de R$ 1.000,00.

A taxa de administração pode remunerar a instituição financeira contratada pelo investidor para a operação. Sendo o percentual negociado entre as partes, algumas instituições isentam o investidor da cobrança. Geralmente, é cobrada, pela primeira vez, de forma antecipada no momento de compra do papel. Depois, a cobrança ocorre anualmente. Há outras situações em que também é cobrada a taxa de administração, como resgate antecipado do papel e no pagamento de juros semestrais, mas sempre de forma proporcional. No site do Tesouro Nacional, há informação sobre as instituições credenciadas para operar no Tesouro Direto e sobre as taxas de administração cobradas.

Tributação para investimentos no Tesouro Direto

O imposto cobrado nos investimentos em títulos públicos é regressivo. A alíquota que incide sobre o investimento em títulos públicos é de 22,5% sobre o lucro obtido em aplicações de até 180 dias.

Este percentual cai para 20% em aplicações de 181 a 360 dias, e recua a 17,5% em investimentos de 361 a 720 dias. A partir deste prazo, o IR é de 15% sobre o lucro obtido com o investimento. Não é preciso se preocupar em pagar o IR, porque ele é retido na fonte.

Para resgates feitos em curtíssimo prazo, abaixo de 30 dias, há também a cobrança do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ele também é calculado sobre os rendimentos do período. A diferença é que ele incide apenas nos primeiros trinta dias da aplicação. Começa em 96%, para resgates um dia após o investimento, e vai sendo reduzido até 0% no trigésimo dia.

Vencimento e Resgate

Quando o governo emite um título e o coloca à venda no Tesouro Direto ele define a data em que receberá de volta o papel – ou sua data de vencimento. É neste momento que o Tesouro paga integralmente o prometido para aquele investidor.

Investindo em quatro passos:

1. Abra uma conta em uma corretora

Informe que quer investir no Tesouro Direto e solicite à corretora para que faça seu cadastro junto ao Tesouro Nacional. Caso não tenha cadastro, procure uma instituição que não cobre taxa de custódia.

2. Complete o cadastro na plataforma do Tesouro Direto

Você vai receber um e-mail com uma senha provisória para acessar a área restrita da plataforma do Tesouro Direto. Troque a senha por uma nova.

3. Escolha o título que atende os seus objetivos

Entenda como funcionam e escolha o atende os seus objetivos financeiros. Caso queira uma reserva de emergência, a melhor opção são os prefixados, para objetivos de longo prazo, opte por títulos pós fixados ou indexados à inflação.

4. Dê a ordem de compra e comece a investir

Após escolher o título, defina o valor que deseja investir e transfira essa quantia para a instituição financeira. Feito isso, acesse a plataforma da corretora e dê a ordem de compra.

Para mais informações do Tesouro Direto, acesse:

https://www.tesourodireto.com.br

Sobre a autora: Juliana é voluntária da Bem Gasto, contadora e adora ler.

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