foto de uma colher sendo equilibrada em cima de uma calculadora. De um lado há uma batata e de outro um conjunto de moedas empilhadas.

Inflação: O que é, como funciona e como afeta sua vida

Autor: Erivan de Lima Silva

Introdução

          A inflação é um fenômeno econômico que afeta diretamente a vida de todas as pessoas em uma sociedade. Seus efeitos podem ser sentidos no aumento de preços dos bens e serviços, na redução do poder de compra e na incerteza econômica. Compreender o que é inflação, suas causas e consequências, é essencial para que se possa tomar decisões financeiras adequadas e entender os impactos da inflação na economia. Neste artigo, discutiremos o que é inflação, suas causas, seus efeitos e as medidas que podem ser tomadas para combatê-la.

O que é Inflação?

          Podemos definir inflação como o aumento generalizado de preços de bens e serviços de uma economia, representando um aumento no custo de vida e consequente redução no poder de compra da moeda, ou seja, o dinheiro acaba perdendo valor. A forma mais comum de se perceber o aumento da inflação é ir ao supermercado, e reparar que os preços atuais dos produtos não são os mesmos de tempos atrás, onde com uma quantia você comprava certa quantidade de produtos, hoje seria necessário um valor em dinheiro maior para conseguir comprar a mesma quantidade de produtos. O processo contrário também existe e quando se tem uma redução nos preços dá-se o nome de deflação.

           Diversos fatores podem influenciar para que haja um aumento da inflação, dentre eles estão:

 Aumento da quantidade demandada: Quando há um aumento na demanda por bens e serviços em uma economia, mas a oferta não consegue acompanhar esse aumento, os preços tendem a subir. Isso ocorre porque os consumidores estão dispostos a pagar mais para obter esses produtos reduzidos.

Diminuição da quantidade ofertada: Quando existe uma diminuição da quantidade de um determinado bem ou serviço disponível para os compradores, por exemplo quando a safra do tomate é prejudicada e temos uma quantidade pequena do produto para o mesmo número de compradores, logo o preço do produto tende a subir.

Aumento da oferta monetária: Significa um aumento da quantidade de dinheiro em circulação na economia, pode levar a um aumento nos preços dos bens e serviços, pois há mais dinheiro circulando na economia, mas a oferta de produtos não aumenta na mesma proporção.    

Aumentos nos custos de produção: Quando os custos de produção aumentam, as empresas podem repassar esses custos para os preços dos bens e serviços que vendem, a fim de manter sua margem de lucro. Isso pode levar a um aumento dos preços ao consumidor final.

Como se mede a Inflação no Brasil?

No Brasil temos alguns índices para medir os níveis de inflação, os mais comuns são o IPCA e o IGPM.

IPCA: Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA é considerado o índice oficial de inflação do país, e é usado pelo Banco Central do Brasil como referência para a condução da política monetária. Ele mede a variação de preços de um conjunto de produtos e serviços consumidos pelas famílias brasileiras com rendimentos entre 1 e 40 salários-mínimos.

IGPM: O Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM), também conhecido como “Indice de Inflação dos Aluguéis” pois é muito utilizado para realizar reajustes nesse setor, é calculado e divulgado mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) com o movimento do preço desde matérias-primas agrícolas e industriais até produtos e serviços voltados para o consumidor final.     

Quem é mais impactado pela inflação?

          Em linhas gerais todos são impactados pelos efeitos da inflação, mas as classes com um poder aquisitivo menor são mais afetadas, pois possuem uma maior parcela de seu orçamento destinada a produtos essenciais como alimentos, transporte e habitação. Além de terem dificuldade em se proteger da inflação pois dispõem de menos recursos para isso, como investir em ativos que se valorizam durante períodos inflacionários ou adquirir bens duráveis que possam ser vendidos. Essas classes também possuem uma maior dependência de salários fixos o que significa que seus rendimentos não aumentam automaticamente quando há inflação. Como resultado, eles têm menos poder de compra e podem ter dificuldade em manter seus padrões de vida.

          Existem algumas medidas que podem ser tomadas com intuito de combater a inflação, a principal é a política monetária. Utilizada pelo Banco Central, que realiza uma alta na taxa de juros visando reduzir a demanda agregada e o consumo, e diminuir a oferta de crédito. Com o aumento dos juros, as pessoas tendem a consumir menos, reduzindo a demanda e os preços. É importante destacar que esta medida pode ter impactos na economia, como por exemplo, aumento do desemprego e queda do crescimento econômico.

           Entre outras medidas que podem ser usadas para controlar a inflação, podemos destacar a política fiscal, controle da moeda, política de renda, política de oferta entre outras. Cada uma dessas medidas tem suas vantagens e desvantagens, e é importante adotar uma combinação delas de forma equilibrada, para que os impactos sobre a economia sejam minimizados.

Conclusão           

No Brasil todo ano o Banco Central tem uma meta de inflação para perseguir, então já é dado como certo que o nosso dinheiro irá se desvalorizar, com isso o poder de compra tende a diminuir. Portanto saber como funciona e entender as formas de se proteger da inflação é de grande importância para todos, pois seus efeitos causam um grande impacto nas vidas das pessoas, nas empresas e na economia como um todo. Conhecer a dinâmica da inflação nos possibilita tomar melhores decisões no dia a dia e nos investimentos, com isso podemos minimizar esses efeitos podendo até tirar proveito do momento inflacionário.

Sobre o autor: Erivan é voluntário da Bem Gasto e trabalha como Gerente de Relacionamento em um banco. No tempo livre gosta de ler, estar com a família e jogar futebol.

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