Autora: Inês V. Bruno
Podemos dizer que o século XXI foi o século das inovações digitais, com serviços mais rápidos, com maior comodidade e eficiência. Quando pensaríamos em democratizar o serviço de táxi? E o serviço de compras na segurança de sua casa, com uma entrega rápida e eficiente? E a experiência de um jantar de chef entregue em sua casa? Pois é, essa inovação também acontece com os bancos digitais. Todo o serviço de um banco, sem filas e esperas na palma de sua mão e no seu celular.
Onde abrir a sua conta? Faça algumas perguntas.
Um passo importante na vida financeira é escolher onde abrir a conta corrente. Quais tarifas vão incidir sobre minhas operações? Ambos possuem tarifas; os digitais estão enquadrados nas mesmas regras dos bancos físicos.
O que você quer com o seu banco? Um banco digital e ágil, que você controla na palma de sua mão, ou se sente mais seguro em um banco físico, com agências em vários locais? Você prefere uma comunicação pelo método digital, como e-mail, WhatsApp, ou através de uma ligação ou conversa com o gerente, mesmo que isso demande um grande tempo?
Os bancos funcionam basicamente da mesma forma, sendo que nos digitais, as operações e todas as comunicações são feitas através da plataforma digital do banco e não possuem unidades físicas.
Porém, os grandes bancos já perceberam a disseminação dos bancos digitais e estão se transformando. O Bradesco, por exemplo, tem o Next. Obs.: Isso não é uma recomendação, mas somente um exemplo.
Diferenças tarifárias
O Valor Econômico de setembro 2021, publicou um artigo de um estudo do IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) mostrando que as tarifas bancárias de junho de 2020 a julho de 2021 subiram acima da inflação. Serviços como Depósito, Saques e Transferências subiram de 9% a 25%, enquanto a inflação acumulada do período foi de 8,35%. O IDEC avalia que os aumentos foram abusivos. Questionados, cada banco deu sua justificativa para o aumento. Isso é um grande ponto negativo dos bancos tradicionais: as tarifas não são muitas claras a respeito dos serviços prestados.
Em contrapartida, os bancos digitais atraem os clientes por serem totalmente online e oferecerem conta corrente sem tarifas, de cartão de crédito sem anuidade, possibilidades de investimentos, seguros e empréstimos a juros mais baixos, além de mais transparência, segurança e agilidade nos serviços e tarifas. Daí o crescimento rápido dos bancos digitais.
O digital Nubank, por exemplo, tem 35 milhões de usuários, abocanhando a grande fatia dos desbancarizados no país.
O valor das tarifas bancárias não é fixado nem pelo banco Central e nem pelo COPOM. Porém, o Banco Central entende que serviços essenciais relacionados a conta corrente e conta- poupança não devem ser cobrados, como:
-Fornecimento de cartão de débito
-2 extratos por mês
-4 saques por mês
-10 folhas de cheques por mês
-Consultas via internet ilimitadas
-Extrato anual das tarifas cobradas
-2 transferências entre contas para o mesmo banco por mês
Saiba mais sobre tarifas bancárias, acessando o do Banco Central no site Tarifas bancárias (bcb.gov.br)
Saques
Os digitais ainda têm uma desvantagem competitiva em relação aos bancos tradicionais. Os saques em terminais de autoatendimento, possuem valores mais altos pela estrutura de acesso ser controlada por outros bancos.
Você como cliente, deve avaliar quais são suas reais necessidades com um banco, seja ele tradicional ou digital. E aí? Qual você escolhe?
Sobre a autora: Inês V. Bruno é voluntária da Bem Gasto, dentista, Master em PNL, Hipnoterapeuta e sócia da CSIB Finanças. Ela adora qualquer assunto sobre como a nossa mente funciona.
